terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sampa


Alguma coisa acontece, alguma coisa aconteceu. Queria mais do que palavras, imprimir imagens aqui do que vi, sons do que ouvi, cores que enxerguei. Posso dizer como o poeta...quando eu te encarei frente a frente eu não vi o teu rosto... mas foi um bom gosto alargado por um sorriso nobre e um abraço caloroso e forte. Depois eu vi o teu rosto, mas antes, enquanto ainda era velado por tuas mãos eu só imagina o brilho que deles sairia quando o contemplasse. Para mim só existia figura, presença só a teria naquela manhã elegante. Na Consolação, longe do barulho dos amores, mas atordoado pelo barulho da cidade que jamais dorme. Impressionante visão! Era manhã e logo vi o Senhor, chegamos no lugar da adoração, fato seja ressaltado, sem Ele nada podemos fazer. Era hora da imolação, mas logo saimos e pelo coração daquela avenida fomos registrando momentos, cores até chegar a morbidez daquele cenário de morte. Morte no tempo que esperamos a Vida? Não! não creio que seja cenário de morte, é o cenário da vida escondida, das histórias vividas, e que agora jazem no silêncio. Histórias, datas, silêncio, noites (NOX) revestidas com caráter de dia. Me emocionou a sensibilidade de reparar nos detalhes. Vida, retalhos, natureza e silêncio, sinal de eternidade. Uma noite que de ninguém será poupada. De tudo ficou muito. A certeza do amor puro, do sorriso contido que não ficou escondido, e a verdade... A sim, a verdade de tudo o que foi sendo construído pelo virtual. Nada de virtual, tudo muito real. A altura, a cor, os raios de luz e de amor, o carinho, o café, a fé, a tolerância, o conhecimento e a aceitação. Um fim no início, um desejo que enfim foi feito, acontecido, realizado, tempo de esperança é assim mesmo, acho que os anjos, as fadas dos emails que recebemos durante o ano puseram mãos à obra e resolveram juntar os pedidos que cansamos de fazer importunando-os. Ah, para isso existem...

Existir? agora você existe, e queria dizer tanta coisa... só pude olhar, querer bem, e olhar no silêncio, livre como o vento. Obrigado por existir.


Esse é um apelo de amor, voz de reconhecimento, escrito de carinho para aquelas pessoas que eu tanto amei nesse ano, as pessoas que alegraram o meu rosto só pelo fato de serem, de estarem. Amo muitos, odiei alguns - paciência - mas amei mais do que briguei. Perdi. Perdi pessoas e outras ganhei para Deus - saudades - algumas eu tive que deixar e fui deixado por outras, mas fica o reconhecimento de que todas, por piores que foram, deixaram algo de si e levaram algo de mim. rss. As que levaram, ricas são. Obrigado! 2008 roubou, mas deixou presentes, dádivas encantadas. Que venha tudo o que for novo e o velho, ah, o velho a gente esconde até que ele não seja mais necessário.


Abençoado 2009!


Brunus Augustus -

3 comentários:

Állyssen disse...

Querido,

Você escreve muito bem, digo por sua sensibilidade... Gostei muito do olhar lançado aos detalhes... Virei ler mais vezes...
Sempre que eu puder.!

Deus lhe abençoe!

Santo ano de 2009 a você e a toda sua família!

Anônimo disse...

Querida Rosa, a sensibilidade está em tudo o que percebemos de Deus... ele é sensível... e se revela no que é desprezível e muitas vezes não percebemos que nos detalhes Deus está mais por inteiro, mais que revelado.. aprendi isso, por isso observo muito... 2008 me fez perceber os detalhes da existência... 2009 continuaremos buscando o maior de Deus no pequeno do pequeno.

Állyssen disse...

Estou cada vez mais me sentindo impulsionada a buscar isso... e sei que esse sopro que sinto no coração, como brisa suave, mas que também arde como fogo de amor, é o próprio Espírito Santo!

Isso... a sensibilidade de Deus...

Deixo um link para suas visitas:

http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/1362516

Alguns textos que serão ainda publicados...

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