Alguma coisa acontece, alguma coisa aconteceu. Queria mais do que palavras, imprimir imagens aqui do que vi, sons do que ouvi, cores que enxerguei. Posso dizer como o poeta...quando eu te encarei frente a frente eu não vi o teu rosto... mas foi um bom gosto alargado por um sorriso nobre e um abraço caloroso e forte. Depois eu vi o teu rosto, mas antes, enquanto ainda era velado por tuas mãos eu só imagina o brilho que deles sairia quando o contemplasse. Para mim só existia figura, presença só a teria naquela manhã elegante. Na Consolação, longe do barulho dos amores, mas atordoado pelo barulho da cidade que jamais dorme. Impressionante visão! Era manhã e logo vi o Senhor, chegamos no lugar da adoração, fato seja ressaltado, sem Ele nada podemos fazer. Era hora da imolação, mas logo saimos e pelo coração daquela avenida fomos registrando momentos, cores até chegar a morbidez daquele cenário de morte. Morte no tempo que esperamos a Vida? Não! não creio que seja cenário de morte, é o cenário da vida escondida, das histórias vividas, e que agora jazem no silêncio. Histórias, datas, silêncio, noites (NOX) revestidas com caráter de dia. Me emocionou a sensibilidade de reparar nos detalhes. Vida, retalhos, natureza e silêncio, sinal de eternidade. Uma noite que de ninguém será poupada. De tudo ficou muito. A certeza do amor puro, do sorriso contido que não ficou escondido, e a verdade... A sim, a verdade de tudo o que foi sendo construído pelo virtual. Nada de virtual, tudo muito real. A altura, a cor, os raios de luz e de amor, o carinho, o café, a fé, a tolerância, o conhecimento e a aceitação. Um fim no início, um desejo que enfim foi feito, acontecido, realizado, tempo de esperança é assim mesmo, acho que os anjos, as fadas dos emails que recebemos durante o ano puseram mãos à obra e resolveram juntar os pedidos que cansamos de fazer importunando-os. Ah, para isso existem...
Existir? agora você existe, e queria dizer tanta coisa... só pude olhar, querer bem, e olhar no silêncio, livre como o vento. Obrigado por existir.
Esse é um apelo de amor, voz de reconhecimento, escrito de carinho para aquelas pessoas que eu tanto amei nesse ano, as pessoas que alegraram o meu rosto só pelo fato de serem, de estarem. Amo muitos, odiei alguns - paciência - mas amei mais do que briguei. Perdi. Perdi pessoas e outras ganhei para Deus - saudades - algumas eu tive que deixar e fui deixado por outras, mas fica o reconhecimento de que todas, por piores que foram, deixaram algo de si e levaram algo de mim. rss. As que levaram, ricas são. Obrigado! 2008 roubou, mas deixou presentes, dádivas encantadas. Que venha tudo o que for novo e o velho, ah, o velho a gente esconde até que ele não seja mais necessário.
Abençoado 2009!
Brunus Augustus -