domingo, 1 de agosto de 2010

Levantei-me da sala, pois sou Católico Romano


Primeiro domingo do mês, dia de encontro de formação paroquial.

Estive presente e hoje como a pregação do Padre formador do Seminário Arquidiocesano. Formação muito bem dirigida até o ponto em que lhe foi feita uma pergunta que eu gostaria de comentar a resposta.
Perguntaram-lhe a que se devia o pouco número de religiosos(as) nas Ordens e Congregações e ao fato de haver muito padres novos nas Dioceses? respondeu o reverendíssimo Padre que de fato nossa Arquidiocese com mais de cem padres tem em sua maioria padres mais jovens. E que as ordens religiosas e congregações estavam cheio de religiosos e religiosas mais velhas e que suas vocações eram poucas. A isso, o padre respondeu, que se devia a uma não reformulação do carisma de cada congregação ou ordem e uma não reforma aos textos de suas regras. Segundo ele é difícil "viver nos dias de hoje os mandamentos e as regras escritas pelos santos fundadores da Ordens e congregações que viveram a 500 anos atrás". Disse com essas palavras. O que me irritou profundamente, pois se assim fosse, como seguiríamos aos mandamentos de Deus que datam anos e anos? Bem se vê que há medo nisso tudo, pois antes ele havia falado no fato de não usar a batina preta, que isso é arcaico, que não denomina nada, que ele não precisa se vestir como tal pra dizer que é padre. O relaxamento da regra é o medo da austeridade proposta pelo Cristo, pois a Bíblia está cheia de austeridade e radicalismo, proibições e tal, e mais antigo que a Igreja são esses escritos e mesmo assim é ela que lemos em nossas liturgias, é nossa regra junto da Tradição e o Magistério, que em anos e anos nos instrui. É claro irmãos, que quem segue a Igreja não erra, e esse padre não é a Igreja em sua totalidade. Por conta do relaxamento pós Concilio Vaticano II enfrentamos tamanho descrédito entre os fiéis, que passamos por essa crise interminável litúrgica e moralmente falando.
O fato de usar a batina implicaria em dar o aberto testemunho da consagração feita no altar do Senhor, estar morto, assumir a pobreza, e a santa castidade. O seguimento, passado pela morte é menos pesado se me infiltro no meio das ovelhas vestido como uma delas, pois me sinto igual a elas. Trazer a faixa cingida sobre os rins me obrigaria a lembrar da castidade dos meus olhos, refrear a gula, ao gosto pelas riquezas, e do sabor das coisas transitórias. Ora, não são sábios aqueles que não têm em si o discernimento para falar.

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2 comentários:

Fábio disse...

Que o hábito não faz o monge é verdade, ou melhor, meia verdade. Ela não faz "todo o monge", mas auxilia. Explico, não é por usar o hábito que alguém se torna um bom padre, mas certamente aquele que o usa está num caminho melhor para se tornar um bom padre, em relação àquele que não o usa. Por quê? Porque aquele que usa se identificou com seu sacerdócio. Com sua consagração ele não mais qualquer um, e como qualquer um. Ele é um especial, consagrado, para Deus. Aquele que usa, aprendeu a se apresentar como Cristo, servo das vontades do Pai e não das suas próprias. Ora a Igreja manda que se use os trajes eclesiásticos, um bom filho obedece. O que será de um sacerdote desobediente? É uma crise que passamos... Um bom médico pode ser bom médico sem seu traje branco, mas vemos médicos decidindo não usar o branco? E um bom advogado, deixa de usar um bom terno? O hábito não faz o monge, mas a rejeição dele, o torna um monge em crise, com dificuldade de abraçar totalmente o compromisso de doação...

Bruno Augusto disse...

Que bela explanação meu caro Fábio. Bem se vê que ela é digna de um católico romano de nobre estirpe, um caavaleiro armado com a Cruz.
Certamente o ábito não fará o monge em sua totalidade, mas o ajudará na sua santidade e o obrigará a ter postura digna daquilo que veste. talvez por isso o medo da exposição pública de vestes talares e hábitos religiosos no nosso tempo. Será que nós somos retrógrados a ponto de desejar o bem de nossos sacerdotes? Vê como nossos olhos enchem quando vemos um sacerdote de batina ou um religioso e religiosa? Essa imagem deveria nos ser comum e não nos causar espanto e ou grande admiração! Vejo freiras que mais parecem dondócas, madames com sua cabeleira tingida pelas cores da moderna máquina de criar de a juventude eterna. Totalmente contrário ao voto que professaram, aliás, professaram.. hoje assim como os padres parece que tudo e de fato do passado, longínquo, perdido. Infelizes esses que se acham preparados para este tempo, sucumbirão quando os ventos da Sã doutrina soprarem sobre a Igreja, não suportaram, como agora não suportam.

volte sempre.. amplexos

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