sexta-feira, 24 de julho de 2009

O meu Isac


Sexta-feira, noite, chuva, frio, e a contemplação envolve o coração dos amantes do silêncio. Eis uma sexta-feira sem apuros, eis uma sexta-feira com atenção ao interior. Necessário nos é deixar o Senhor entrar. Mais certo que o dia vindouro é a presença do Senhor em nossa porta a bater, a chamar-nos, pedindo licença para entrar.

fui convidado hoje a subir no presbitério durante a celebração e o celebrante nos pediu que tocassemos o altar, que colocássemos nossa mão sobre a mesa do sacrifício e como Abraão nosso Pai, entregássemos o nosso Isac. O fruto bendito da nossa vida, o sinal do nosso amor terreno, aquilo ou aqueles que nos são caros aqui nessa vida, que entregássemos ao cuidado do Senhor o nosso cuidado humano. Nos apaixonamos sem saber e somos feridos quando não recebemos o amor que desejamos. Orientamos nosso coração segundo nossas vontades e nao segundo a vontade de Deus. Se a ele entregarmos o cuidado de nossas vidas certamente ela caminhará em paz e iluminada. Não posso querer controlar a Deus e sim que Ele controle a minha vida, que Ele me guie, que Ele volte a ser o centro da minha vida, que me traga o primeiro amor, que abra os selos sagrados da minha história e se apodere do meu Santuário, que se intronize sendo o objeto maior dos meus anseios. Nem as águas vão submergir as chamas desse amor, dessa entrega. A morte fraca será perto da ternura do amor que Ele derramará.

Tenha coragem irmão de hoje entregar no altar do Senhor o seu "Isac", entregar a sua vida, colocá-la diante dos olhos do Infinito, do Escondido e Revelado Deus.

POnha tua mão, permita tocar o Senhor, permita subir ao Altar, permita a audácia do caminhar, permita ser de Deus, permita obedecê-lo e encontrar a felicidade da providência. O desejo do Senhor não era a morte de Isac, mas a fidelidade de Abraão. Clamemos essa fidelidade!


"Sai da tua terra e vai, onde te mostrarei..." Dá-me teu Isac.

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