sábado, 17 de janeiro de 2009

Santo Antão


Santo Antão, pai do Monges
Alguém bateu à porta da Bem-Amada, e uma Voz lá de dentro perguntou:
- Quem está aí? E ele respondeu
-Sou eu. A Voz então disse:
- Esta casa não conterá nós dois.
E a porta continuou fechada.
Então o Amante foi para o deserto e na solidão jejuou e orou.
Retornou depois de um ano e bateu novamente à porta.
E de novo a Voz perguntou:
- Quem é? E o Amante respondeu:
- És tu mesma!
E a porta lhe foi aberta.

RUMI

Este poema místico não foi escrito por nosso Pai, Santo Antão, cuja memória celebramos hoje 17 de janeiro, porém ela ilustra bem a realidade de vida deste irmão, Pai da fé. Assim que se abandonou nos braços a misericórdia de Deus. Saiu ao encontro deste Amor que o cativou. Vendeu todos os seus bens e o deu aos pobres. Despojou-se para poder encontrar-se a si mesmo e assim encontrar a Deus e com Deus. Para entrar em seus aposentos, nas suas moradas teve que ainda curvar-se, humilhar-se sob a infinita graça do Pai do céu, calou-se e dentro de si encontrou o Deus a quem desejou amar e entregar-se. Entrou na cela eterna, "prisão" de Deus, pois já eras um com Ele. Só assim pôde recerber o abraço de Deus, dado somente às esposas diletíssimas do Altíssimo, ou seja, às almas que a Ele totalmente se dedicam.
O
DESCALÇO, homenageia o Patriarca Antão, por sua vida configurada ao evangelho e por seu amor desinteressado e silencioso.
Sua vida, nosso pai, é um exemplo para nós cristãos deste século, teu silêncio, teu despojamento, tua resignção e pobeza, tua coragem diante do mal, do inferno e do pecado, teu sim sempre quieto e gritante, tua vida de oração... ensina-nos o teu temor, a tua vida de amor para com nosso bom Deus.

Um comentário:

Állyssen disse...

Ahhh, faz tempo que não venho aqui!
Que lindo poema, quem é Rumi?
Santo Antão... gosto dele... afinal, o patriarca da vida monástica ocidental, né? rs

Bjim!

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