sábado, 6 de março de 2010

no mar


"Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei nada de mim..."


Maria Betânia

Um comentário:

Bruno Augusto disse...

Não estou, mas adoraria estar sentado diante de ti, oh mar... na minha solidão, de dor, de pesar, de solidão povoada das palavras de humilhação, de xingamentos e de cobranças, de triste realidade da realidade. Ah, quisera, quisera... quisera não querer... voar não posso, fugir muito menos, correr, relutar, nadar a favor, não consigo e me convenço da baixeza de minha história e vida. Silenciosa dor à sombra da cruz...
Ouço teu som ondas fortes. Sinto teu cheiro mar salgado, sinto tua brisa, ouço teus habitantes, toco teu frescor, mas onde está isso em mim?
Esperar e sempre esperar, sorver do sofrimento o mel doce, saborear de uma delícia invisível e sentida na carne... É isso que me foi preparado.

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