quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Que saudade da professorinha


Com esse título trago a tona uma saudade, um tempo que não volta mais. O primário. Bendita memória humana que não deleta tais informações. Arroz doce, canjiquinha, pão com carne e futebol, na hora do recreio. Haha, recreio, hora do recreio. Na minha escola ainda tocava um sino e como toda escola a criançada ja saía correndo. Suados voltávamos pra sala. Caderno com orelha, mas muito bem encapado. Lápis de cor e giz de cera, massinha e cartolina e uma coisa que acho nem existe mais, carbono para mimiógrafo. E a folha dos exercícios iam cheirando alcool, todos cheiravam as folhas quando chegavam. rsrsrsrs. Teatro e jograu, decoréba pura, hino nacional uma vez por cima e fila pra entrar na sala.
"Hoje vai ser ditado, vamoS lá, pode começar?"
"_ Pode professora".
Era uma vez.... (ponto, parágrafo, na outra linha, letra maiúscula...)
"_Peraí, professora, repete, eu perdi..."
Quem não se lembra disso? Da menina mais bonita da sala e do Mauricinho também. "Amanha tem aula de tabuada, e vamos pegar o caderno de TAREFA porque já vou passar a de amanhã. _ Ah, professora, mas amanha é sexta-feira".
"_ Sem reclamar. Pegando o caderninho de português e vamso fazendo o cabeçalho".
"_ Hoje é segunda-feira, dia 22 de abril, dia do descobrimento do Brasil, o dia está ensolarado..." rsrsrs...
Que saudade da professorinha que me ensinou o B A BÀ...
"_Vamos a Biblioteca e pedir pra Dona Mima emprestar os livros de matemática, vamos fazer os exercícios de adição e subtração".
Ainda me lembro do nome de algumas professoras, Rosilda(1ªsérie), Fátima(2ªsérie), Lírian(3ª série). Dos colegas, saudades mil, a Rita cabrita pisou na marmita, Waldenez que se casou com o Handrey (sei lá como escreve o nome dele). Adílio, Cláudio, Lucas, Edmara(essa sabia que era bonita e fazia gosto disso junto dos meninos) Amigos, amigos negócios a parte. Queria só lembrar isso. Pessoas passam, são de suma importância, agregaram conhecimento, formaram caráter, ensinaram de si mesmas e não pouparam amor ao ensinar, se doar. Que saudade da professorinha, que saudade da minha vida de criança que adorava horário de verão pra brincar até mais tarde. De ficar no ponto de onibus com a professora esperando o bus chegar, de fazer teatro morrendo de vergonha e ser narrador das histórias. De tomar banho as 11h30 para vestir o uniforme e correr depois do almoço pra escola. E de comprar folha de papel almaço no Sô Dito careca. Tenho saudade da pureza e da inocência. tenho saudades da época da professorinha...

Saudades

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