quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tem gente que vive achando tudo tão ruim que parece até que tem uma nuvenzinha cinza acima da cabeça


"Reclama de tudo. Nada está bom. Tinha que ser diferente do que é. Assim não serve. Nada presta. Está tudo horrível, azedo, estragado.
Tem até gente que reclama para se proteger: se disser que está tudo ruim, os outros não vão chegar perto para pedir coisas e favores, não é? Podem até ficar com pena e dar uma atenção extra, quem sabe? Ficar no centro das atenções e das preocupações dos outros traz uma certa segurança...
E a pessoa se queixa de que os outros não fazem o que ela quer, que gostam mesmo é de contrariá-la e que a vida é uma droga.
O olho que serve para ver as coisas boas fica bem fechadinho; o olho que vê as coisas ruins fica abertão. É assim que a gente constrói o sofrimento e a infelicidade.
Aí cresce aquela certeza triste de que ninguém gosta da gente. E vem uma raiva danada, de revolta.
Já repararam que a tristeza mora no fundo da raiva?
Mas como é mesmo que a gente pode se livrar dessa maldita nuvenzinha cinza?
Primeiro, é preciso aprender a abrir o olho que vê as coisas boas e bonitas para começar a apreciar árvores, pôr-do-sol, flores, abraços e beijos, gestos de amizade, essas coisas, sabe?
Segundo, em vez de reclamar e de se queixar, é preciso aprender a fazer acontecer as coisas que a gente gosta. Se queremos gentileza, precisamos ser gentis, se queremos carinho, precisamos ser carinhosos.
Terceiro, aprender que nem sempre acontece aquilo que a gente quer na hora que a gente quer".

Autor desconhecido

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei esse texto. Acho que sempre sou assim !!!

Anônimo disse...

Este trecho é o último pedaço do texto Histórias da Vida Inteira de Maria Tereza Maldonado. Estou à procura das três primeiras partes para imprimi-lo completo.

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